quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Hora da Estrela on the Chair

Olá, blogueiros que gostam de Coca-Cola e Hot Dog. Quem posta aqui é Ettore, o mesmo irresponsável pela Literatura de sempre. Depois de falar de um livro do estrangeiro, agora vou falar de um nacionalíssimo. Clarice Lispector, uma gata super inteligente e talentosa na escrita, dá vida a Macabéa em A Hora da Estrela, seu último livro publicado. Macabéa é uma nordestina um tanto ignorante, desligada e amante de Coca-Cola e hot dog, que vai morar no Rio de Janeiro, onde começa a trabalhar como datilógrafa. Lá ela conhece Olímpio de Jesus (zuper zique a graça do moço) e começa a namorar com ele. No entanto, o do nome bonito termina com Macabéa para ficar com Glória (um nome nada sugestivo, é claro!), colega metida e falsa de Macabéa. De repente, no meio da trama, a protagonista descobre que tem tuberculose e começa a ficar cada vez mais triste (e estranha, eu penso). É aí que Glória recomenda uma cartomante para Macabéa, para saber como será seu final. A cartomante dá boas novas para Macabéa, deixando-a muito feliz e hipnótica na crença de que encontraria o amor de sua vida e teria uma vida de mulher descente. Ao sair da cartomante, seu destino realmente muda, mas para a pior (ou para a melhor, como você preferir). Apesar de ser uma história conhecida, não vou contar o final. Olá meu nome é Ettore Stefani e não conto o final de um livro já faz 2 meses (essa é a parte em que vocês falam oi e dizem parabéns).

Como na maioria das obras de Clarice, a figura feminina é foco de análise. A obra não é tão fácil de ser lida e requer atenção. Na minha opinião, toda a história não é tão boa, mas existem momentos de auge no livro, que fazem você pensar: "Como essa mulher é foda! Olha no que ela conseguiu pensar". Ah, outra coisa, quem narra a história é Rodrigo S.M. Ele deixa quase sempre claro que tem uma grande afeição por Macabéa, insinuando que é o único que não a despreza. Mas, em certas passagens, ele demonstra que a personagem não é muito importante para ele e encerra o livro, inclusive, meio querendo dizer: "Bommm, foi essa a história, pessoal. Pronto, acabou. Vou voltar a vida de sempre e desencanar de Macabéa".

Esse é um livro que li, semi-indico e semi-recomendo. Até a próxima, blogueiros que gostam de Hot Dog e Coca-Cola.

Curiosidades:

Eu fui assistir a uma peça da Beth Goulart (muitooooo boa por sinal), baseada na vida de Clarice Lispector e suas obras. A super hiper mega boa atriz Beth contou que Clarice tinha o hábito de andar de ônibus pela cidade durante o dia todo, só para ficar observando as pessoas em momentos do cotidiano. Uma verdadeira observadora da mente humana ;)

Um comentário:

  1. Eu comento! auhauahauh então caro amigo que não conta os fins dos livros.. eu não gosto muito deste livro, sinto que ele atende ao que Clarice se propôs. Compreendo que ela quer mostrar o tipo de vida medíocre que leva Macabéa, mas particularmente o final me decepcionou um tanto. Não digo que deveria ser outro, mas sou um tanto humanista demais, e confesso que finais felizes me agradam um bocado mais. Recomendo aos realistas! Não aos dramáticos sonhadores como eu.rs Confesso tbm que fiquei um pouco preconceituosa com a autora, foi meu primeiro livro dela.. mas confesso também que esses dias ouvi uns versos lindos dela, gostaria pois que me indicasse alguns outros livros da mesma. Grata e um beijo na bunda !

    ResponderExcluir